quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Folha Política: Empreiteiro chama ministro de Dilma e deputados co...





Folha Política: Empreiteiro chama ministro de Dilma e deputados co...: Imagem: Marcos Bezerra / Futura Press O empreiteiro Ricardo Pessoa, da UTC Engenharia, preso desde 14 de novembro na sede da Polícia Fe...

Clipping da Brigada Militar do RS.






                                                  ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
SECRETARIA DA SEGURANÇA PÚBLICA
 BRIGADA MILITAR - ESTADO MAIOR
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          CLIPPING DE QUINTA-FEIRA,

29 DE JANEIRO DE 2015

  
 


ATENDIMENTO AEROMÉDICO DEVE ACABAR (PÁGINA 12) Após investimento de quase R$ 26 milhões na compra de dois helicópteros, o serviço de atendimento aeromédico do Estado, implantado em 2012, deverá ser desativado pelo governo estadual. Para o secretário da Saúde, João Gabbardo, o trabalho realizado por equipe de 15 médicos e enfermeiros, por meio de um termo de cooperação entre Brigada Militar e Samu, é “totalmente dispensável”. Coordenador do serviço, Maicon Vargas classificou a decisão um retrocesso. Ressaltou que, nos últimos 12 meses, o grupo realizou 140 atendimentos, entre eles os resgates dos praticantes de rapel em Maquiné e das vítimas do acidente com ônibus da Unesul em Glorinha, ambos neste ano, e do incêndio na boate Kiss, em 2013. “Enquanto todos os Estados investem neste tipo de serviço, o atual governo decide voltar atrás. É lamentável. A população vai ser prejudicada, pois é um serviço que pode ajudar a salvar muitas pessoas”. Gabbardo diz que foram feitos só 24 atendimentos no último ano. Segundo Vargas, a diferença entre os números ocorre porque a secretaria considera apenas os chamados via central estadual. Conforme Gabbardo, o governo vai tentar rever o investimento de R$ 26 milhões (70% deste valor já foi pago) feito em 2014 para a compra de duas aeronaves, mas a entrega de uma delas está prevista para a próxima semana. “Vamos definir o que vai ser feito com os helicópteros. Não teríamos feito esse investimento, teríamos transferido esses recursos para a assistência e deveríamos menos para hospitais e prefeituras”, disse Gabbardo. Com a desativação do projeto, que tem custo mensal de R$ 156 mil, a demanda deverá ser atendida pela BM, como no passado, e por empresas privadas, que também atuam na coleta de órgãos para transplantes. Vargas, ex-coordenador estadual do Samu, diz que o custo da hora será cinco vezes maior com o serviço terceirizado. PORTO ALEGRE



TRAGÉDIA DA KISS MUDA LEIS E ALTERA POSTURA DAS AUTORIDADES (CAPA E PÁGINA 10) Dois anos após a tragédia da boate Kiss, Santa Maria começa a se ajustar à rotina. O dia a dia, no entanto, já não é mais o mesmo. O incidente mudou o comportamento dos quase 250 mil habitantes – ao menos 40 mil deles são jovens. A tragédia também modificou leis e alterou procedimentos adotados pelas autoridades. O comandante do 4º Comando Regional de Bombeiros, tenente-coronel Marcelo Maya, explica que, antes do incêndio, havia muitos estabelecimentos funcionando sem alvará em todo o Estado. “Hoje nada mais funciona sem”. À frente do batalhão de Santa Maria desde abril de 2013, ele deslocou 20 bombeiros para o setor de Prevenção de Incêndio. Eles fazem a análise e vistoria dos Planos de Prevenção e Proteção Contra Incêndio (PPCIs), obrigatório para todos os estabelecimentos comerciais do Estado. SANTA MARIA

HOMENAGENS DOS AMIGOS (PÁGINA 12 COM FOTO) Um grupo de 20 salva-vidas realizou, na manhã de ontem, uma homenagem ao soldado Marcelo Braz Gomes. Ele morreu há três anos, após se desequilibrar do alto da guarita 174 e cair de costas para a areia do balneário de Salinas, em Cidreira. CIDREIRA

BM REDUZ EFETIVO NA GOLFINHO (PÁGINA 14) A Brigada Militar confirmou ontem à Rede Record que a Operação Golfinho será encerrada no dia 23 de fevereiro, ao invés de 2 de março. Nesta semana, PMs responsáveis pelo projeto Brigada Mirim retornam à Capital. O policiamento ostensivo também será reduzido durante a semana. Nos finais de semana e Carnaval, o patrulhamento será reforçado. O número de salva-vidas continua o mesmo. LITORAL NORTE


terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Segurança sem recursos



Sem recursos, secretário da Segurança defende manutenção do Presídio Central

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Wantuir Jacini falou nesta terça-feira (27) ao Gaúcha Atualidade Foto: Milena Haas  / Rádio Gaúcha
Wantuir Jacini falou nesta terça-feira (27) ao Gaúcha Atualidade
Foto: Milena Haas / Rádio Gaúcha
Wantuir Jacini diz que restrições orçamentárias impedem projeto de construção de novo presídio para presos provisório
A falta de recursos vai adiar os planos de desativação do Presídio Central, em Porto Alegre. Em entrevista nesta terça-feira (27) ao Gaúcha Atualidade, o secretário da Segurança Pública afirmou que o Estado irá manter na Capital uma estrutura para receber presos provisórios. No entanto, segundo Wantuir Jacini, as restrições orçamentárias impedem projetos que possam substituir o Central.
“Precisamos de um espaço para abrigar os presos provisórios. O ideal seria construir um presídio novo, mas o Rio Grande do Sul está passando por dificuldades financeiras. O Central continuará”, afirma.
A Secretaria da Segurança estuda alternativas para o local, como a demolição de alguns pavilhões ou a reforma, inclusive com o uso de mão de obra prisional. Jacini também defendeu mais parcerias com empresas para que presos trabalhem em troca da redução da pena. Ele citou a sua experiência como secretário da Segurança em Mato Grosso do Sul, onde ficou oito anos.
“É fundamental que os presos trabalhem e estudem, de preferência com a iniciativa privada. No Mato Grosso do Sul era bem parecido com aqui. Quando comecei, não eram nem 10 empresas. Quando saí, já eram 160″, diz.
Combate às drogas
Wantuir Jacini se disse contrário à descriminalização da maconha e atribuiu a flexibilizações na legislação nacional o aumento no uso do crack. O secretário da Seguraça Pública citou a lei 11.343/2006, que instituiu o sistema nacional de políticas públicas sobre drogas.
“Temos que agir também na demanda, embora não seja atribuição das polícias. A lei de 2006 despenalizou o uso de drogas. Como consequêcia, tivemos a proliferação das cracolândias.”
Aprovados em concurso
O secretário comentou ainda os reflexos do decreto que impede novas despesas no Estado. Segundo Jacini, a prorrogação dos concursos para a Brigada Militar, Polícia Civil, IGP e Susepe está em estudo. Mas não adiantou qual será a decisão da pasta em relação aos aprovados que já aguardam cursos de formação.
“Os concurso poderão ser prorrogados naqueles casos em que estiverem próximos do encerramamento da validade. Com relação aos que vão fazer os cursos nas academias, estamos elaborando um planejamento do impacto orçamentário-financeiro para propor à área econômica e depois decidir.”
Horas extras
Wantuir Jacini não descartou formalizar o pedido de flexibilização no decreto para ampliar o pagamento de horas extras a agentes da segurança pública, principalmente a Brigada Militar. A corporação já está se readequando.
“Primeiro tenho que saber se vai existir essa necessidade de horas extras, depois dessa readequação operacional. Existindo isso, eu farei um expediente pedindo a excepcionalidade. Por enquanto, pelas informações que tenho recebido, a readequação vai atender ao decreto e à necessidade do serviço”, concluiu.

domingo, 25 de janeiro de 2015

Folha Política: General diz que atitude de novo Ministro da Defesa...





Folha Política: General diz que atitude de novo Ministro da Defesa...: Imagem: Montagem / FP O General de Brigada Paulo Chagas, integrante da Reserva, direcionou uma carta a Jaques Wagner, novo Ministro da...

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Folha Política: Em Minas Gerais, secretários terão aumento de 40% ...





Folha Política: Em Minas Gerais, secretários terão aumento de 40% ...: Imagem: Reprodução / Últimas Notícias Secretários de Estado e professores estaduais terão o mesmo percentual de reajuste neste ano. Por...

Clipping da Brigada Militar do RS 23 de Jan 2015






                                                 ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
SECRETARIA DA SEGURANÇA PÚBLICA
 BRIGADA MILITAR - ESTADO MAIOR
P M - 5

          CLIPPING DE SEXTA-FEIRA,

23 DE JANEIRO DE 2015

  
 

SEGURANÇA (LEITOR - PÁGINA 4) Com o corte de horas extras na Brigada Militar, começa a transparecer algumas irregularidades trabalhistas. Quantas horas diárias trabalha cada militar? A hora extra é devida quando ultrapassa a carga horária. Seria importante que a Brigada informasse a real situação com a transparência necessária, esperamos que o corporativismo não prejudique a população do Rio Grande. Luiz Alberto Noer – Militar - TRAMANDAI

O QUE VEM POR AÍ NA SEGURANÇA PÚBLICA (POLITICA + COLUNA DE ROSANE DE OLIVEIRA – PÁGINA 8) Três semanas depois de assumir o cargo de secretário da Segurança Pública, o delegado Wantuir Jacini acaba de completar a equipe e começa a implantar o plano de ação para combater a criminalidade no Estado. A palavra de ordem é inteligência para compensar a falta de recursos. Para driblar a falta de recursos, que impede a nomeação de mais policiais, Jacini está disposto a comprar a briga iniciada por seu antecessor e rever a utilização da Brigada Militar na segurança de eventos privados, o que inclui os jogos de futebol. Se depender do secretário, a Brigada se encarregará do entorno, mas dentro do campo – assim como em shows e outros eventos – a segurança será privada, como foi na Copa do Mundo: “Na Europa e nos Estados Unidos, a força pública não faz policiamento em estádios”. A situação dos presídios, que hoje formam criminosos em vez de ressocializá-los, está no topo das preocupações do secretário. Para evitar a reincidência, a receita é a mesma que aplicou com sucesso em Mato Grosso do Sul: trabalho e educação. Além do investimento em presídios que ofereçam condições para o preso trabalhar ou estudar, o secretário terá de fazer um esforço de convencimento dos empresários de que vale a pena usar a mão de obra dos detentos. Com a transferência de parte dos presos do Central para Canoas, esse projeto começa a ser posto em prática. Com as limitações orçamentárias para construir novos presídios, o Central deverá ser mesmo mantido como cadeia para os cerca de 2 mil presos provisórios, mas os condenados serão removidos nos próximos meses para prédios recém concluídos. Jacini não vende ilusões: não há como esvaziar o Central e deixar Porto Alegre sem um presídio. Estudos técnicos dirão quais pavilhões podem ser reformados para abrigar os remanescentes em condições mais dignas do que as atuais. Hoje à noite, Jacini será entrevistado no Conversas Cruzadas, da TVCOM, com os chefes da Brigada Militar, da Polícia Civil, da Susepe e do Instituto-Geral de Perícias.

ESCOLHA FEITA, POSSE ADIADA (POLITICA + COLUNA DE ROSANE DE OLIVEIRA PÁGINA 8) Anunciado como chefe da Casa Militar há um mês, o tenente-coronel Everton Oltramari ainda não tomou posse, apesar de seu nome constar na lista do primeiro escalão no Diário Oficial. Com 26 anos de serviço público, ele segue ocupando a função gratificada de assessor superior II na coordenadoria da bancada do PMDB, para a qual foi nomeado em fevereiro de 2014. Oltramari diz que, por estar em férias, trabalha parte do tempo no Piratini como voluntário. O FUTURO CHEFE DA CASA MILITAR ESTÁ EM FÉRIAS NA ASSEMBLEIA, MAS DESEMPENHA ALGUMAS ATIVIDADES NO PIRATINI.

CAMINHO PARA INCORPORAR FG (POLITICA + COLUNA DE ROSANE DE OLIVEIRA PÁGINA 8) O atraso na nomeação do tenente-coronel Everton Oltramari permitirá que ele opte por incorporar essa FG quando se aposentar. Servidores que ocupam FG por cinco anos consecutivos ou 10 intercalados podem levar a gratificação para a aposentadoria e escolher a de valor mais elevado, desde que a tenham recebido por pelo menos um ano. O Piratini e a Assembleia garantem que não há ilegalidade em trabalhar sem ser nomeado, já que o tenente-coronel não está assinando documentos.

PARENTE DE PM É FEITO REFÉM E MORTO (PÁGINA 22) O concunhado de um policial militar de Alvorada, na Região Metropolitana, morreu na madrugada de ontem depois de ser feito refém por criminosos que procuravam o PM para executá-lo. Segundo a polícia, três homens invadiram uma casa na Rua Santo Onofre, bairro São Pedro, por volta de 0h30min, acreditando que se tratava da residência do PM. Na rua, um quarto suspeito aguardava em um carro para a fuga. Ao entrarem na casa, os bandidos perceberam que estavam no lugar errado. Quem morava lá era Vanderlon Trettin da Gama, 32 anos, parente do policial. Ele estava dormindo na hora da investida e acabou sendo feito refém pelos bandidos, que o obrigaram a levá-los até a casa do PM. No meio do caminho, conforme apurou a Polícia Civil, Vanderlon saltou do carro, na tentativa de fugir dos bandidos, mas foi perseguido e executado no meio da rua. Ele foi morto com, pelo menos, 20 tiros de pistolas calibres 9mm e .40 e de revólver 38. Após a execução, os bandidos fugiram, sem localizar o PM. Dois suspeitos já foram identificados. A polícia não acredita que o ataque tenha sido uma represália a alguma ação do PM. A busca pelo policial militar – que culminou com a morte do seu concunhado – teria sido motivada por um desentendimento pessoal entre ele e os criminosos. Vanderlon nada tinha a ver com o conflito e, segundo a Polícia Civil, morreu de forma gratuita. ALVORADA

JOVEM MORTO FOI VÍTIMA DE LADRÕES, AVALIA DELEGADO (PÁGINA 25) Policiais que investigam a morte de Maurício Bartz de Moura, 22 anos, no Anfiteatro Pôr do Sol, na Capital, na semana passada, avaliam que o jovem tenha sido vítima de latrocínio. Segundo o delegado César Carrion, substituto da 1ª Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento de Porto Alegre, o ex-estudante de Economia na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) teve os tênis e o celular, um iPhone, roubados antes de ser morto a facada. A prova de que Maurício estava com o celular quando foi agredido é que, minutos antes do assassinato, ele retirou uma bicicleta por meio do aplicativo BikePoa. Ele teria pedalado até o local onde foi morto, próximo à margem do Guaíba. A bicicleta estava distante cerca de 30 metros do corpo quando a perícia chegou ao local. Amigos teriam afirmado que o estudante não costumava pedalar descalço, como foi encontrado no local. Andarilhos que circulam pela área onde o corpo de Maurício foi encontrado são considerados suspeitos, diz Carrion. Antes do assassinato, a Brigada Militar e a Polícia Civil já haviam recebido denúncias de roubos e agressões nas redondezas. “Aguardamos ansiosamente as imagens da câmera de segurança do local”, afirma o delegado. As imagens foram solicitadas ao Centro Integrado de Comando e Controle, da Secretaria da Segurança Pública, na última sexta-feira. Uma semana após a morte, as gravações corretas ainda não foram encaminhadas à polícia. Segundo Carrion, chegaram à 1ª DP imagens do dia errado. PORTO ALEGRE






         
PM É ATINGIDO POR DOIS TIROS (PÁGINA 25) É grave o estado de saúde do sargento da Brigada Militar Antônio Augusto Martins da Silva, de 45 anos, baleado com dois tiros no abdômen durante uma tentativa de assalto, ocorrida na manhã desta quinta-feira, no bairro Esplanada, em Caxias do Sul. O militar recebe atendimento na UTI do Hospital Pompeia. Conforme a BM, o policial, à paisana, notou dois criminosos saindo de um mercado, perto das 9h. A troca de tiros ocorreu depois que ele se identificou como policial. Mesmo atingido, o sargento baleou um dos assaltantes, que foi encaminhado para o Pronto Atendimento 24h (Postão), onde permanece sob custódia policial. O segundo bandido fugiu. A dupla havia roubado dinheiro, cigarros e equipamentos eletrônicos do mercado. CAXIAS DO SUL

CRIMINOSOS MATAM HOMEM ERRADO (PÁGINA 25) Uma suposta ordem, que teria sido dada por um detento do Presídio Central, culminou com o assassinato do homem errado. O alvo seria um soldado do 24º BPM, porém os assassinos acabaram matando o concunhado do policial militar. O crime ocorreu no inicio da madrugada de ontem, em Alvorada. A vitima, identificada pela Policia como Vanderlon Trettin da Gama, 32 anos, foi executada com cerca de 20 tiros na frente da residência do PM, no bairro Chácara Tordilho. Quatro homens, um deles encapuzado, que estavam em um Fox, invadiram a residência onde estava o concunhado do brigadiano, localizada quase ao lado da moradia do PM. Em seguida, levaram Gama até a frente da casa do policial. A vítima foi obrigada a chamá-lo, mas acabou sendo assassinada após o soldado não sair à rua. Gama foi atingido por vários tiros de calibres diferentes. ALVORADA

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Comemorar Bodas




Clipping da Brigada Militar RS





                                                 ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
SECRETARIA DA SEGURANÇA PÚBLICA
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22 DE JANEIRO DE 2015

  
 


CORTES REDUZEM PMs NOS TERRITÓRIOS DA PAZ (CAPA E PÁGINA 12) Por força do decreto do governador José Ivo Sartori para cortar despesas e suspender por 180 dias o pagamento de dívidas herdadas, alguns serviços públicos na área da segurança e da saúde começam a ser prejudicados. No Território de Paz do Morro Santa Tereza, em Porto Alegre, cerca de 10 brigadianos trabalhavam até o dia 31 de dezembro com o auxílio de três viaturas e duas motocicletas. Após o corte das horas extras – a redução anunciada pela Brigada Militar foi de 40% –, o policiamento diminuiu. Entre 1º e 20 de janeiro, o efetivo na região, onde residem cerca de 70 mil pessoas, foi enxugado para dois homens, com apenas uma viatura. Ontem, em um sinal de recuperação, mas ainda abaixo do nível anterior, eram sete homens, uma viatura e duas motos. “A nossa torcida é para que não feche o posto, é importante para a nossa segurança”, diz a comerciante Ana Lucia Palhares, 45 anos. Na área da saúde, há prejuízos em cidades do Interior, para as quais o governo estadual deve cerca de R$ 208 milhões. São dívidas deixadas pelo ex-governador Tarso Genro. Agora, o decreto de Sartori suspende por 180 dias a quitação desses débitos, o que começa a prejudicar serviços. Em Fontoura Xavier, no Norte, se acumulam R$ 200 mil em repasses atrasados, sendo R$ 12 mil da farmácia municipal, que está com escassez de medicamentos. Em Três Cachoeiras, Morrinhos do Sul e Torres – todos municípios do Litoral Norte –, o Laboratório São Luiz, da rede privada, é contratado pelo Estado para fazer exames de sangue, urina e fezes, entre outros, em pacientes encaminhados pela prefeitura. Os pagamentos estão atrasados há quatro meses, e o passivo soma R$ 40 mil. PORTO ALEGRE

BALANÇO SERIA O MOTIVO PARA FALTA DE VERBAS (PÁGINA 12) Diante da redução do policiamento no Território de Paz do Morro Santa Tereza, o subcomandante da Brigada Militar, Paulo Moacyr Stocker dos Santos, afirmou que a diminuição de horas extras entre o fim de dezembro e o início do ano é “normal”: “É o momento em que se fecha o balanço financeiro do Estado, e ocorre uma demora na confirmação dos recursos que serão liberados”. Ele ainda contestou a informação, obtida junto ao Território de Paz, de que entre 1º e 20 de janeiro apenas dois homens atuaram no local. E afirmou que a redução de 40% das horas extras terá efeito “irrisório”. A Secretaria da Saúde informou que fez, ontem, repasse de R$ 7,1 mil ao Laboratório São Luiz, referente ao pagamento de outubro de 2014. Para Fontoura Xavier, a previsão é de liberação de recursos até amanhã. PORTO ALEGRE

EFEITOS DA DECISÃO (PÁGINA 12)

Como reagem setores e localidades atingidos pela ação governamental
-Brigada Militar: no Território de Paz do Morro Santa Tereza, em Porto Alegre, a diminuição de horas extras prejudicou o efetivo. Até o final de dezembro, o local contava com 10 brigadianos, três viaturas e duas motocicletas. Entre 1º e 20 de janeiro, a redução foi para dois homens e uma viatura. Ontem, estavam na região sete homens, uma viatura e duas motocicletas.
-Bombeiros: coordenador-geral da Associação de Bombeiros do Rio Grande do Sul, Ubirajara Ramos afirma que 400 soldados esperam apenas o curso de formação antes de assumirem função na corporação, historicamente afetada por falta de efetivo. Com o decreto, contudo, as nomeações de servidores estão fechadas. Com a redução de horas extras, uma unidade de Bombeiros no bairro Mathias Velho, em Canoas, na Região Metropolitana, chegou a ficar fechada por um dia, mas um remanejamento de pessoal permitiu a reabertura do local.
-Morrinhos do Sul: o prefeito Leandro Borges Evaldt foi avisado pela direção do Laboratório São Luiz de que os exames de sangue, urina e fezes, entre outros, terão de ser suspensos ao final de janeiro caso não haja algum pagamento. Situado em Três Cachoeiras, o laboratório atende pacientes de Torres, todos encaminhados pelo SUS. A dívida do Estado com o estabelecimento é de R$ 40 mil, com acúmulo de atraso entre os meses de outubro e janeiro.
-IPE: como o decreto suspendeu o pagamento de dívidas, surgiram riscos de cancelamento de consultas pelo IPE. Os honorários dos médicos, de dezembro, estavam em aberto. Na última segunda, a Secretaria da Fazenda liberou R$ 87,6 milhões para honrar dívidas do período entre 1º e 20 de dezembro de 2014. A diretoria do IPE diz que, agora, a situação está normalizada. No dia 26 de janeiro, vencem os pagamentos dos procedimentos dos últimos dias de dezembro.

HERÓIS E ANTI-HERÓIS (Artigo assinado pelo jornalista Humberto Trezzi, página 26) Eu vi um bombeiro chorar. Foi em Santa Maria, na semana passada, às vésperas dos dois anos da maior tragédia gaúcha, o incêndio na boate Kiss. O sargento embargou a voz e fechou o semblante, deixando as lágrimas escorrerem pelo rosto. Queria desabafar aos jornalistas. Chorou pelas 242 vítimas, que não pôde salvar. Por nunca ter recebido agradecimento. E por ter sido um dos crucificados no festival de irregularidades que marcou essa tragédia. O bombeiro que chorou não é um dos que vistoriaram e liberaram a boate para funcionar, mesmo ela sendo uma armadilha, um bloco de concreto com uma só saída que virou túmulo de centenas. Não. O sargento estava na linha de frente do combate ao fogo, mas acabou sob suspeita de não ter feito tudo o que podia. De não entrar na boate nem ter impedido que voluntários corressem risco de vida (alguns morreram ao ingressar no inferno da Kiss). Você entraria, sabendo que ninguém saía consciente dali? Com a fumaça tóxica desencadeando tosse e atordoando quem a desafiava? Sei bem como é, fui treinado em brigada de incêndio. Alguns bombeiros entraram em meio ao breu e à fumaceira, vi os vídeos. Outros ficaram no apoio, fornecendo água. Faltou equipamento para tanta tragédia. Era época de férias e o contingente estava reduzido. Humanos, os bombeiros não barraram voluntários: ficaram gratos diante de tanta ajuda inesperada e bem-vinda. Não sabiam até que ponto a Kiss era arapuca mortífera. O militar que entrevistei abriu buracos no prédio, foi engolfado pela nuvem química e ainda ajudou a carregar corpos. Dias depois, ao ouvir na TV que bombeiros se omitiram no cumprimento do dever, o filho do sargento – esse do desabafo – perguntou: – Pai, você deixou mesmo aquelas pessoas morrerem?Então o sargento viu que de herói virara anti- herói. Chorou várias vezes desde então. Mesmo depois de ser inocentado, quando o Ministério Público considerou que ele não cometera delito. Faltava o desagravo da opinião pública, que aqui está. Isso não significa igualar todos os bombeiros. Alguns deixaram que a danceteria funcionasse, mesmo sem saídas de emergência, com espumas inflamáveis inadequadas, janelas vedadas, extintores vencidos e luzes de emergência apagadas. Outros tinham firmas para fazer laudos técnicos a quem pagasse (a Kiss pagou e permaneceu aberta). Esses ainda devem muita explicação. Especialmente aos familiares dos 242 mortos.

         

SALVA-VIDAS CIVIS DESCONTENTES (PÁGINA 12) Salva-vidas civis estão começando a abandonar as guaritas no litoral gaúcho. O motivo é a falta de pagamento por parte do governo do Estado. Dos 86 civis contratados para ajudar a reforçar os trabalhos da Operação Golfinho, quatro já teriam desistido. LITORAL NORTE