Este Livro é dedicado à você meu colega de Farda.
Aquisição e Direitos - Museu da Brigada Militar.
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A BRIGADA MILITAR EM SÃO GABRIEL
Aos quinze dias do mês de outubro do ano de 1892, era assinada a Ordem
do Dia de nº 1, em que o Major do Exército Joaquim Pantaleão Telles de Queiroz. Comissionado ao Posto de
Coronel, assume o Comando da Brigada Militar do Estado do Rio Grande do Sul. No
mesmo ato, extingue-se a Guarda Cívica
ou Corpo Policial, devendo o pessoal integrar a Brigada Militar.
A ordem do dia de nr 2, do
mesmo dia, dizia, para conhecimento e
devida execução, faço publico o ato nr 357 de 15 outubro de 1892, pelo qual o
Vice Presidente do Estado do Rio Grande do Sul, resolve criar a Brigada Militar
do Estado do Rio Grande do Sul.
O Dr Fernando Abott,
secretário de Estado dos Negócios do Interior e Exterior, no exercício do cargo
de Presidente do Rio Grande do Sul, resolve criar a Brigada Militar do mesmo Estado.
A referida Brigada terá um
estado maior, que se comporá de um comandante com graduação de coronel, um
capitão assistente, servindo de secretário, um dito quartel mestre geral. Dois
ajudantes de ordens (alferes ou tenentes tirados do corpo).
Estes oficiais
perceberão os vencimentos constantes das tabelas nr 02, catalogadas no Livro
Crônicas da Brigada Militar do Cel Helio
Moro Mariante Paginas nr 117 edição 1972, , a seguir formar-se a Brigada Militar, de três corpos,
sendo dois batalhões de infantaria e um Regimento de cavalaria, tendo cada um o
pessoal constante da tabela nr 1, Livro Crônicas da Brigada Militar de Cel
Hélio Moro Mariante Pág 116, edição de 1972, a referida Brigada compor-se-á também de
três corpos da reserva nas mesmas condições da Força ativa os quais serão desde
já organizados para entrarem em serviço, quando as circunstancias e reclamarem.
Até a
expedição do regulamento para a mesma Brigada, reger-se-á esta pelas práticas
seguidas nos regulamentos militares . Fica extinta a atual Guarda Cívica.,
Palácio do Governo, em
Porto Alegre, 15 de Outubro 1892- Dr Fernando Abott- conforme
Diretor- Geral- Aurélio Veríssimo de Bitencourt.
A milícia Gaúcha viu
acrescida em seu quadro de mais uma unidade - o 2º Regimento de Cavalaria , que
tantos e tão assinalados serviços viria prestar ao Estado e a Nação, o Quartel
do 2º RC, foi projetado pelo engenheiro João Pianca e a construção fiscalizada
pelo engenheiro Oscar Amazonas Pinto, foi inaugurado em 15 de outubro 1920,
Criado em 21 de Fevereiro de 1913, seu
primeiro Comandante foi o Ten Coronel Juvêncio Maximiliano de Lemos e sua sede
a cidade fronteiriça de Santana do Livramento, irmã-gêmea de Rivera, República
Oriental do Uruguai, o 2º R P Mon , Regimento Cel Juvêncio, tem como Patrono o
Cel Juvêncio Maximiliano de Lemos,
2º R P Mon
Regimento Cel
Juvêncio – Sede Santana do Livramento-Data da Criação 04 Fevereiro de 1913-
Alterações- 2º RC de 04-02-1913
a 21-04-1961
2º R P Mon de 21-04-1961
até a presente data.
Aquartelamento
- Inicialmente em uma chácara nas imediações da cidade, posteriormente esteve
aquartelada provisoriamente, em três casas fronteiras à praça Gal Osório e num
barracão construído no local onde hoje se encontra a Enfermaria Regimental.
Em Sede própria a partir de 15
Out 1921 a
data de sua inauguração, ocupando definitivamente em março de 1922.
Corpo Policial - Missão Especial – Pequeno Relato
No dia 12 de julho de 1849 um forte contingente
policial da corporação seguiu para a zona de Tramandaí, com a finalidade de
impedir o desembarque, em qualquer ponto daquela costa, de escravos africanos a
bordo de um navio-negreiro, conforme denuncia chegada ao conhecimento do
governo, o que foi conseguido graças às medidas tomadas.
Neste ano, 1849, comandava o Corpo Policial e Ten Cel
Sebastião Barreto Pereira Pinto.
Policias Municipais
O Presidente João Lins Vieira
Cansansão de Sinumbú, criou em 1854, várias polícias municipais locais, com
elementos da Guarda Nacional, que ficavam dispensados dos serviços desta.
Não percebiam vencimentos do
erário público enquanto “bem servirem em tais polícias”, sendo pagas por
particulares.
Tiveram intensas atuações nos municípios de São João
Batista de Camaquã, São Vicente, Ibicui Grande, Santana do Rio dos Sinos,
Mostardas, Pontas do Arroio Vacacai e Salso,
Bajé, Aldeia dos Anjos, Pedras Brancas e Vacaria., Atuais Municípios de
Camaquã, São Vicente, São Gabriel, São Leopoldo, Mostardas, Bagé, Guaíba e Vacarias,
respectivamente.
Neste espaço de tempo
compreendido entre os anos de 12 Julho 1849 a 15 Out 1892, a Guarda Nacional, e
o Corpo Policial, entravaram várias escaramuças, defendendo as ordens legalistas, após este período, eis que atinge, a Brigada
Militar, a fase verdadeiramente policial-militar.
Seus efetivos, agora passam
agora a serem empregados, exclusiva e integralmente, no serviço policial, sem
descuidar, obviamente do seu preparo militar, como força auxiliar do Exército
Brasileiro, a fim de bem desempenhar sua missão constitucional no contexto
das forças armadas.
Difícil precisar-se o término
da fase de transição para essencialmente policial militar , pois que esta se
impôs paulatinamente, sem um marco que distinguisse perfeitamente uma da outra,
apenas para efeito de registro foi escolhido o ano de 1950, todos os
historiadores Brigadianos são uníssonos neste parâmetro, este humilde trabalho
vem consolidar esta data, trazendo relatos a partir deste ano, como o marco da
Brigada Militar, Polícia-militar neste município. Jamais esquecendo que por ocasião da famigerada guerra de 1923, aqui em nossa
cidade tivemos o Terceiro Corpo Auxiliar da Brigada Militar que permaneceu
aquartelada nos anos de 1924 a 1925 no Quartel do
Forte de Caxias na Subida do Forte, ano que
é suspenso o Serviço de aviação da Brigada Militar em 02 Jan 1924, sendo
que na Guerra de 1930, volta a se aquartelar no Forte de Caxias hoje o quartel da 13 Cia Com de nosso Exército Brasileiro, o mesmo Terceiro
Corpo Auxiliar da Brigada Militar ai
permanecendo de 1932 a 1934, Sendo neste dois períodos os seguintes Cmt Gerais
da Brigada Militar; Cel Afonso Emilio Massot 1915 a 1925, Cel Claudino
Nunes Pereira 1925 a
1932 e Cel João de Deus Canabarro Cunha de 1932 a 1937.
Jamais podemos esquecer que o Dr Fernando Abott, Secretario de Estado
dos Negócios do Interior e Exterior no exercício do cargo de presidente do Rio
Grande do Sul, em 15 de Outubro de 1892, através do Ato numero 375, cria a
Brigada Militar, este ilustre criador é filho de nosso São Gabriel.
Consta nos anais da historia
que a Brigada Militar, por todas as suas transformações desde os corpos
provisórios, participou de varias revoluções e guerras, mas não é alinha deste pequeno documentário que quer se
referir à participação da Brigada Militar em São Gabriel, saibam
que nosso primeiro aquartelamento deu-se junto a Cadeia Civil, que é hoje o
Prédio do INSS, , praça Camilo Marcio(FOTO ABAIXO) ali um efetivo de
aproximadamente 31 homens, permaneceram
de 1934 até 1954. eram uma espécie de polícia rural e podem ser consideradas como remotas precursoras dos atuais
Regimentos de Polícia Rural Montada
Sendo o seu
primeiro comandante
Ten HERVANDIL
ESMERIO e Sub Cmt Sgt Acelino Severo tendo como Sargenteante o Sgt Eduardo
Coelho que em 1952 foi substituído pelo Aspirante a Oficial CIRO GRECO, tendo
como Sgt Aux o Sgt Portilha e o Cabo Macário Riefel, oriundos do Segundo Regimento de Santana do
Livramento, relação de alguns
componentes do pelotão que constam na foto, Cabos Durval, Pacheco e Macário,
soldados Sadi Aloy, Orlando Vieira Machado, Alfredo Postiglioni, Candoca
Postiglioni e Orvalino Tavares da Silva, Belmiro, Juarez da Rosa, Helio Moreira
e outros.
FUGA DE PRESOS – CAUSA TRANSFERENCIAS
Em 1953, um caso jamais
previsto em regulamentos ou na legislação pertinente aconteceu em São Gabriel, como foi
ressaltado, o destacamento da Brigada
Militar, como era chamada na
época, era junto com a Cadeia Civil, e por um descuido houve uma fuga, ao invés
de apurar o(s) responsáveis, resolveram
tomar a seguinte iniciativa:
Trasnferir todo o efetivo da cidade de São Gabriel, isto causou um transtorno
generalizado, pois foram sumariamente julgados culpados e mandados
apresentarem-se em Alegrete, Uruguaina, Lavras do Sul e Rosário do Sul, tendo
que deixarem seus familiares aqui a mercê de todo a sorte possível, graças a
Deus, a grande maioria retornou para continuar prestando seus serviços a Terra
dos Marechais.
Em 1954
foram transferidos para o
prédio de numero 1200 na rua Cel Soares nos fundos da 13 Cia
Com, Comandada pelo Ten Antonio Lourenço, Ten Lourenço ou Mano Velho,
folclórico pelo ditado que dizia: - você entendeu?, O tem era Baiano, que tinha como Sgt Aux o
Sgt Acelino Severo, que após foi comandante do Pelotão, nesta data deu-se a
união dos Brigadianos do segundo Regimento
e os recém chegados do primeiro
regimento de policia rural montada de Santa Maria os Abas Largas, isto em 1955,
um pelotão Comandada pelo Segundo Ten Oritz
Morari Abiz, que ficou acantonada
nas dependências do Parque Rural de exposição Assis Brasil.
Lá 35 Patrulheiros Rurais, 01
segundo tenente, 04 Sgt combatentes, 0l Sgt Motorista, 01 Sgt Enfermeiro, 01
Sgt Telegrafista, 03 cabos e 24 soldados, 01 Jeep, 45 cavalos, faziam parte do
Pelotão de Policia Rural Montada, com formação de Policia Rural os quais os Sgt
já eram nomeados pelo governo do Estado, sub delegados de policia, começa no
interior do município o combate ao abigeato, desbaratamento dos bandoleiros,
quadrilhas de marginais que amedrontavam os produtores rurais de nosso
interior, são várias as definições do termo
de Bandoleiros, dizem que são os que não param muito em lugar nenhum - aquele que é ocioso, ou que não tem
ocupação certa- nômades- bandido- salteador de estradas, nessa categoria
enquadram-se os bandoleiros que ficaram na história, reunindo numerosos grupos
de liderados, Eles veneravam o chefe, homem cruel, por ele morriam se fosse
preciso. Então ai começa o destacamentos policiais comandados por
sargentos.
Destacamentos de Tiarajú, com
postos em Pau Fincado
e Arvoredo, Destacamento de Azevedo Sodré, Destacamento da Palma e Santa
Margarida com Postos em Laranjeiras, Bolso e Cerro do Ouro, Sgt Cmt por ordem
dos Destacamentos, Tiarajú, Sgt João Alfredo Bergenthal, Azevedo Sodré,
Sgt Nazarino , Palma Sgt Mazui, Santa
Margarida, Sgt Cristovam, Catuçaba Sgt
Soares demais Sgt,
Evandro, Irivoni, Sgt Mot Sgt Cramer, Sgt Veterinário Sgt Adão, Sgt
Telegrafista, Sgt Adão e Sgt Hermes , em 1959, deu-se a transferência do Pelotão Rural do Parque de
Exposição para o prédio nos fundos
13 Cia Com que somou, se com mais quarenta homens do Pelotão ali
existente do Segundo Regimento.
Todos ainda sob o Cmdo do Ten Oritz , faziam parte do Segundo Pelotão todos pertencentes ao
primeiro Regimento de Policia Rural Montada de Santa Maria, em
1961, por ocasião do movimento conhecidos por Legalidade, o Pelotão foi o Guardião da
Manutenção da Ordem Pública, segurança dos Pontos vitais, como Sub Estação da
Luz, Corsam, Prédios Públicos, como Fórum, Prefeitura e Delegacia de Policia
Civil, que constantemente tinha uma
patrulha outrora Comandada pelo Delegado, vamos citar nomes de alguns
Delegados de Policia Civil e, 1953, Delegado Conforte, Delegado Demenciano e
respondeu Pela Delegacia o Escrivão Vilsom,
e a partir daí o Comando das
Patrulhas passou a ser por um Sgt,
Guarda da Cadeia civil, serviços internos e externos.
Os Postos Policiais Rurais
destacados não possuía qualquer meio de comunicações, e suas locomoções eram só
a cavalo, com o seus fardamentos aos moldes da Real Policia Montada do Canadá.
Seu armamento o RV Cal 38,
Mosquetão, Espada de Cavalaria e a
metralhadora INA Cal 45, o Patrulheiro Rural sempre bem a cavalo, com seu
impecável uniforme de Policial Militar Rural, o chapéu de Abas Largas como eram
conhecidos este valentes Policiais faziam desde trabalhos de partos aos famosos casamentos na Policia, ainda
existe casais que tiveram seus matrimônios registrados nos Postos Policias
destacados da Brigada Militar,
Introduzido no Primeiro
Regimento Pelo Cmt Cel Max Hebert
Henck, botas, esporas, culote, gandola , chapéu de abas largas e talabarte e cinto preto, o Policial Rural ostentava seus armamento, um Revolver 38,
espada e metralhadora cal 45 INA, da industria nacional de armas e muitas vezes
um fuzil 9 mm,
assim o patrulheiro Rural deslocava-se por este interior, guarnecendo comércio de carreiras, bailes e rodeios,
responsável pelo transito de animais, tinha que conhecer todas a legislação
atinente ao assunto, jamais poderia ter
uma reunião dançante sem a devida licença do Destacamento ou Posto Policial, o
transporte de qualquer produtos do campo para a cidade era fiscalizado pelo
Patrulheiro Rural Montado, conhecido como Polícia Rural, não raras as vezes, o Patrulheiro era
solicitado a fazer um parto, pois os mesmos tinha amplo conhecimento de
primeiros socorros, casamentos e até permissão para efetuar enterros, consta
nos livros de registro de ocorrências dos destacamentos e postos destacados .
Cabe ressaltar que como toda a corporação, por
ocasião do movimento da legalidade, 1961 e 1964, conhecida como a Revolução de 64, a Brigada Militar de São
Gabriel, órgão de repressão do Governo do Estado, participou efetuando a segurança dos pontos vitais e
estratégicos, como pontos de abastecimentos de água. E Luz, pontos de embarque
e desembarque de passageiros como estação da Rede Ferroviária Federal e Estação
Rodoviária local, correios e Telégrafos, Telefônica etc..., Como o efetivo era
pequeno, os homens ficam de prontidão, permanecendo aquartelados por até 45
dias, saindo dos serviços de 24(vinte e quatro) horas de serviço, apanhando um
fuzil ordinário e indo para frente dos bancos fazendo a segurança dos mesmos,
lá permanecendo por seis horas consecutivas, voltando ao quartel, receber
instrução e preparar-se para entrar de serviço às oito horas da manhã.
Em 1970 o Pelotão da Brigada
Militar foi transferido para um Prédio ao lado do armazém Salgado na rua Tristão Pinto um prédio modesto, lá
permanecendo até a construção de seu atual quartel em 28 Julho de 1973, à rua
Francisco Chagas 1310, cabe salientar que
por ocasião da nova estruturação da Brigada Militar, passou a existir o
Serviço de Engenharia, responsável pelas
construções de prédios na Brigada Militar, tendo como Chefe o Major Engenheiro
Civil Menuzi que adotou a partir daquela
data, uma planta única para os prédios a
serem construídos, ficam assim uniformes e com um sonho que jamais pode ser
realizado, parte do prédio construído seria disponibilizado ao efetivo do
Policiamento outro parte aos Corpos de
Bombeiros, assim foram construídos, São Gabriel, São Leopoldo Etc... Mas em
1973, não existia Bombeiros na Fronteira Oeste do Estado, só em 1978, aqui
chegaram, em 1981, aquartelaram junto ao prédio do Segundo Esquadrão, mas não
permaneceram por mais de 02(dois) anos, as funções são incompatíveis, no
tocante a alguns aspectos, uniformidade,
instrução e serviços, então cabe ressaltar que por equivoco as vezes é dito que
o prédio da Brigada Militar foi
construído errado, ou foi construído para os Bombeiros, uns até mencionam a
torre, como fosse uma construção própria
para as Estações de Bombeiros e não é a verdade, sim era um sonho de unificação
dos aquartelamentos que acabou não dando certo em toda a Brigada Militar.
Mas
orgulhosamente continuamos a termos no município este grupamento de homens
valorosos que tem a árdua missão de prevenção, combate aos incêndios, sinistro
e resgates, bem como guardas vida, logo após sua saída do prédio do Esqd de
Policiamento o Grupamento de Bombeiros, que ainda não tem seu aquartelamento
próprio, já esteve acantonado em pelo menos quatro locais diferentes, até no
prédio no antigo hospital militar da guarnição federal, mas esperamos que em
breve nossa unidade do Corpo de Bombeiros local tenha seu próprio quartel.
Retomando o assunto Policiamento, o prédio
recém inaugurado com efetivo pequeno para a época teve
como seu primeiro Cmt o Ten
Salomão Pereira Fortes, já com a nova denominação de Segundo Pelotão do Segundo Esqd
P Mon Ind com sede em Lavras do Sul, criado pelo Decreto número 19.466
de 18 Dezembro 1968, tendo como data de instalação 12 Março 1970, acantonado em
prédio situado a rua Maria Barcelos numero 158, tendo como seu primeiro Cmt o
Major Wilsom Pontes Carpes, o Pelotão de
São Gabriel é transformado em Segundo Esquadrão de Policia Montada em 13 de agosto de 1974, pelo mesmo decreto lei
que transformava o Segundo Esqd P Mon Ind de Lavras do Sul em Sexto Regimento de
Policia Montada, tendo como o Primeiro
Pelotão responsável pelo Policiamento da cidade, o Segundo Pelotão pelo
Policiamento Rural no interior do Município e
o Terceiro Pelotão destacado na
Cidade de Dom Pedrito.
Na ocasião em que foi criado o
Segundo Esqd P Mon, assumiu o comando da fração o Primeiro Tem Rubens Aloy
Berni até l976, seguindo-lhe o primeiro ten Celso Pires Porto em 1977, Cap PM
João Carlos Gonçalves Palma em 1978, Cap PM Paulo Bastos Soares de 1980 a 1985, Primeiro Ten
Arlei A. de Medeiros em 1985, Cap PM Luiz Alberto Machado Gós em 1987, Primeiro
Ten Cláudio Omar Gouco em 1988, Cap PM Jorge José Severo Tatsch em 1989,
Primeiro Ten Antão Juarez Quinto em
1992, Cap PM Edgar Florisbelo Dorneles Lopes em 1992, Cap PM Altemir Forgiarini
em 1994, Cap PM Luiz Lopes Correa em 1995, Primeiro Ten Leonardo Nunes em 1996,
Subtenente
PM Luiz Carlos Bergenthal em 1997, Segundo Ten Luciano Rodrigues da Rosa em
1998, Cap PM Jarí Irinei Scherer em 1998, Cap PM Liberato Moro em 1999, Cap PM
Alex da Rocha Camilo de Agosto de 2000 a Março de 2002 , Cap PM Aníbal Meneses da Silveira, hoje seu
atual comandante é o Major .
Em 1996 houve nova
transformação foi efetivada com a denominação de Esquadrão de São Gabriel,
fazendo com que o Esquadrão
passasse a ter três Pelotões , um
encarregado no Pol citadino, outro da Guarda do presídio e outro do Policiamento
Rural, e por determinação do Cmt do CRPO-F, foi criada a Galeria dos Cmt do Esquadrão de São Gabriel, os nomes acima descritos.
FATOS MARCANTES - BANDOLEIROS
Existiam em São Gabriel, os
famosos Bandoleiros, que aos moldes de Lampião, passavam, no interior do
município cometendo a barbárie, matando e cometendo o roubo de gado, abigeato,
alguns Fazendeiros por medo ou por algum detalhe, dava guarida a este bando de
marginais, conhecidos na época pelo Bando de LOCATELLI, que em uma divisão de
dinheiro, produto de venda de uma tropa roubada, assassinou pelas costas o
Tarco, Tarquino Cardoso, juntamente com o Carlinhos, Torrada e o Castelhano
Anselmo, passaram anos a fio cometendo delitos, usavam de muita astúcia, armas
longas como Fuzil e Metralhadoras, chegando nas casas a onde só tinha mulheres,
estupravam em fim cometiam as maiores atrocidades.
Então o Ten Oritz, que acabava
de passar o Comando do Pelotão de São Gabriel, foi nomeado pelo comando da
Brigada Militar como o encarregado do combate deste tipo de delito, cria-se um
Patrulha Volante, isto pelo meados do ano de 1956, em várias diligencias por
uma colônia de arroz na Argentina, localizou o Locatelli, e após se identificar
ao proprietário, conseguiram a prender o bandoleiro Locatelli, que ao chegar na
Ponte da divisa com o Brasil, o
Bandoleiro tentou fugir e nunca mais foi localizado, fato que jamais foi
esclarecido, o que será que aconteceu com o Locatelli?
Como este fato teve uma
repercussão nacional, o Ten Oritz, fora alvo de entrevista pelos órgãos de
imprensa escrita e falada da época, a Revista O Cruzeiro, fez intensa matéria,
onde fez questão de fotografar o referido oficial, dentro do cemitério local ao
lado do túmulo de Talco ou Tarquino Cardoso, o Tarco, mas por um
detalhe, deu processo na justiça e muito comentário , pois o Ten Colocara um
pé em cima da calçada da sepultura de
Tarco.
Foi imediatamente condenado pelos familiares de
Tarquino e por parte da comunidade que este oficial defendera, como um ato de desrespeito para
com o falecido, coisa que deu muito comentário na época.
O TRIÃNGULO DO BIGEATO
Nos tempos desses Bandoleiros, lá pelos anos 1950 a 1965, os municípios
de Cacequí, Rosário do Sul e São Gabriel eram considerados o ¨triângulo do
Abigeato, com os famosos Criadores de
Gado, ricos estancieiros que arrebanhavam quadrilhas de marginais para roubarem
o gado de outras fazendas, levando-o de um município para outro e até para o
visinho País , ROU, Republica Oriental do Uruguai, entre os que se prestavam para
esta atividade ilícita, estava, Talco Cardoso, Jorge Locatelli, Ciro Dutra,
Castelhano e outros.
Esses fazendeiros que eram
chefes de quadrilhas às vezes se desentendiam com seus propostos e, como não
tinham condições de enfrentá-los,
contratavam outros bandoleiros para executarem , Ciro Dutra e Talco Cardoso, este ultimo
assassinado pelas costas por seu companheiro, Jorge locatelli, segundo a
revista O Cruzeiro, em sua publicação de 11 de maio de 1963, com o titulo de
Roubo de Gado no Rio Grande.
Por esta reportagem na mais importante revista
daquela época, relata várias mortes no combate entre as quadrilhas de
abigeatários, a polícia e os capangas dos fazendeiros, que também foram
obrigados a se defender a bala, -Motivo
de um Filme .Na foto, Sentados a civil, tenente Oritz, sargentos Cramer,
Soares, fardado, sargento J A Bergenthal, de pé fardado soldados Sadi Aloy, Mendes e Gilberto Hemann.
O Ten Oritz, junto com a Volante estuda no mapa, os esconderijos dos
abigeatários e bandoleiros do triangulo do abigeato( São Gabriel, Cacequí e
Rosário do Sul), Revista O Cruzeiros de
11 de Maio 1963.
IRMÃOS - COLOMBOS
Eram filhos de criação de um
oficial do Exercito, tinha uma boa educação, mas foram os precursores da droga
na cidade, viviam na alta sociedade e tinha boas amizades, cometiam até alguns
delitos, mas a maior parte era o
envolvimento com drogas, um espanto para a época, em 1966, foram presos e
condenados, ai começa uma historia de rebelião dentro do presídio, tendo como
liderança os irmãos Colombo, eles
escreviam para os órgãos de imprensa escrita e falada, denunciando fatos relacionados aos presos e se dizendo
inocentes, e seguidamente fugiam da cadeia, e começaram a se transformar em
mocinhos heróis, quando em 1968, um
deles avançou sobre o carcereiro , Sd
João Lauro Mosquier dos Santos, conhecido como Chumbinho, que
lutou muito e vendo que não
conseguia deter o agressor dispara um
tiro de seu revólver 38, ferindo mortalmente um dos irmão Colombo, houve uma
revolva tão grande pela comunidade, que nunca se ouviu falar coisa igual.
PEDRO E PAULO MIRIM
Em 1972, por decisão do Cmt do
Pelotão Ten Salomão Pereira Fortes
e demais sargentos foi criado um Pelotão de Pedro e
Paulo Mirim, denominação dada na época aos Policiais Militares que tiravam
serviços em dupla, Pedro e Paulo, chegando a ter um Batalhão denominado de
Pedro e Paulo, órgão de elite na Brigada Militar, todos se orgulhavam de
participar de tal serviço na corporação, e assim foi iniciado um pelotão com
cerca de 30 meninos, que eram comandados pelo Sgt Edson Luiz
Vieira Freitas, que não mediu
esforço de bem formar seu efetivo, os mesmos participavam de todos as formaturas do Pelotão, serviços
de relações públicas, desfiles e operações presença da Brigada Militar, saibam
que os meninos voluntariamente participaram com seus trabalhos na obra de
construção do atual aquartelamento.
Alguns meninos prestaram provas internas e galgaram a graduação de cabos
e sargento, isto pelas notas escolares e provas prestadas durante o período de
instrução, isto foi um momento marcante para a BM em São Gabriel, com
uniformes da época, o Pelotão de Pedro e Paulo Mirim, deslocava até para fora
do município para participar de atos de inaugurações e demonstrações de ordem
unida, isto durou até 1975, quando foi extinto por falta de apoio. Muitos
meninos que fizeram parte do Pelotão PM Mirim incluíram na Brigada Militar,
fazendo cursos e seguindo a carreira, outros optaram por outras profissões mas
são eternos amigos da Brigada Militar.
POLICIAMENTO DE BICICLETA
Em 1985 na época do comando de
primeiro tem Arlei Albuquerque de Medeiros, cria-se em São Gabriel algo
inovar em toda a Brigada Militar, com o resultado positivo, estendeu-se as
demais Organizações Policiais Militares, algo inovador, e tudo que é novo tem
as críticas e não foi diferente em São Gabriel.
Foi criado o Policiamento de Bicicleta, com 08 bicicleta
doadas pela comunidade gabrielense, e com efetivo voluntário, foi instalado o
policiamento direcionado para a frente das Escolas, clubes e locais de grande
aglomeração de pessoas, algo muito criativo, pois este meio de locomoção ainda
não tinha sido explorado na BM.
Mas como todas as novidades,
começa a enfrentar algumas dificuldades, e as soluções não são muito fáceis,
como a manutenção e compra de equipamentos e
como este meio de locomoção não era previsto, não vinha verba do Estado,
acabou por ser extinto em
São Gabriel o Policiamento de Bicicleta.
Entendemos que as vezes o
esforço dos comandos de subunidades são mal entendidos pelos seus superiores ao
ponto de não receber total apoio, para que algo que é peculiar a determinada
região seja criado, mesmo que acertadamente, mas não possa ter
condições de prosseguir .
PEÃO CONSTANCIO
Em 1978, foi preso na
localidade de Catuçaba, um elemento que andava aprontando muito, desordens,
bebedeiras e até cometerá pequenos
delitos, o Cabo Xisto e Sd Adão Nunes , elementos destacados , efetuaram o recolhimento do
mesmo, algemando e trazendo para a cidade afim de apresentar a autoridade.
Tal deslocamento deu-se em cima da carroçaria
de um caminhão, ao chegar na cidade o Cabo verificou que Constancio estava
morto, tomou todas as providências que o caso requeria, mas a família apoiada
por um padre chamado Dotto, foram para a imprensa, e começa uma pressão enorme,
acusando o Policial Militar de ter tirado o peão Constancio do seio da família
e matar, fazendo justiça pelas próprias mãos .
Um caso de grande repercussão acabando que o
Cb respondeu por mais de Cinco anos processo na JME, tendo sido absolvido, mas
foi uma ocorrência de muito comentário.
PRISÃO DE MELARA
Em
1991, foge do presídio central, o preso conhecido como Melara, homem de muita
periculosidade, com grande liderança entre os marginais dentro e fora da
cadeia.
Informações eram que o mesmo
havia se deslocado para o interior do estado na Região de Bagé, Lavras do Sul e
São Gabriel, foi uma procura ferrenha, deslocou-se de Porto Alegre, grupos
especiais da Polícia Civil e Brigada Militar, e ai começa a maior perseguição
conhecida,.
Após vários dias o mesmo foi
traído pelo cansaço e fome e foi preso dentro de uma casa de sapê, (pau-a-pique
, a qual servia de guarida ao alambrador
chamado João Manoel César, que pelo susto que teve, trocou até de
profissão.
GANGUE DE SANTO ANTONIO
Santo Antônio é uma localidade
distante 78 km
da sede do município, divisa com o município de Santa Maria, tem uma área de
floresta nativa muito grande, lá a família
começa a fazer as maiores atrocidades, os filhos da Maria Bole-Bole, Didico e Gelcindo, Edisom, Chairinha, Oneides, Zezo e outros ,
pais e os filhos começam a efetuar pequenos furtos e arrombamentos.
Quando algum morador deslocava
para os serviços ou para a cidade os mesmos cometiam os crimes e se infiltravam
na mata extensa, não dormiam dentro de casa, seus ranchos eram construídos em
lugares altos de fácil observação.
Os mesmos possuíam binóculos para observar
quando Polícia se aproximava, teve que ser feitos incursões à noite, ficar
embreados na mata por vários dias para efetuar a prisão dos marginais que
revidaram atirando contra as patrulhas
tendo um deles sido ferido a bala e preso.
Tem se noticias que de quando em quando os
mesmos ainda tumultuam na localidade.
PARTE SOCIAL
Em 30 de Setembro de 1986, um grupo de Policiais Militares, reunidos no
galpão de festas construído no fundo do aquartelamento, resolvem criar um
Centro de Tradição Gaúchas, este fato foi um fator preponderante para a parte
social do efetivo, seus familiares e a comunidade civil, então os abnegados
servidores, começam a esboçar um estatuto, cor do lenço, e nome da entidade.
Com total apoio do comandante da época,
cria-se o GTG SENTINELA DO RIO GRANDE, em sua Bandeira, traz um
ave é que o símbolo do Rio Grande, um Quero Quero, seu lenço Azul, que
posteriormente foi trocado pela cor branca, mas esta entidade, não parou de
crescer, passando a fazer parte do Coordenadoria Gaúcha Municipal, começa a trazer troféus, e
muitas honrarias para o seu quadro social, que muito se envaidece de participar
desta agremiação conhecida em todo o Brasil.
ASSOCIAÇÕES
DOS CIRCULOS HIERARQUICOS
Em 24/08/1990 foi criado a ACAS-BM-SG,
Associação dos Cabos e Soldados da BM de São Gabriel, primeiramente, teve um
cunho como clube social, como houve necessidade de ter uma voz para defender os
interesse de classe, a Associação começa a fazer a sua parte como a lei
autoriza.
A diretoria levanta fundos
para ajudar Cb e Sd em dificuldades financeiras, encaminha e assessora o
comando nos assuntos sociais, encaminha os assuntos de reivindicações da
classe, encaminha sugestões
para a melhoria dos casos que
estejam em dificuldades, e começam a construção de sua sede própria, um
belíssimo clube na rua Tibá Azambuja numero 187.
Em 1995 os Sub Tem e Sgt
reúnem-se para também formar sua Associação, e assim começa mais uma etapa social do efetivo da Brigada Militar de São
Gabriel.
Com a cedência de 03(três) hequitares, no
Campo de instrução, área do Estado,
começa a construção de um Campo de futebol Sete, e outro de Futebol de campo,
um açude, duas churrasqueiras e um quiosque, com luz e água, esta formado mais um espaço para que o efetivo
tenho lazer juntamente com a família .
Deste dois movimentos, deixa o
Brigadiano mais sociável, tendo condições de em seus Clubes ou
Associação praticar o seu lazer com suas famílias, tendo uma aproximação com
seus colegas de farda, ter uma representação nos assuntos atinentes as lutas de
seus interesse em todos os campos sociais e profissionais.
A REBELIÃO ARMADA
A revista veja numero 29 de 23
Julho de 1997, ano 30- edição 1505 da editora Abril, em suas paginas 30 e 31,
bem como ZH, Correio do Povo e Jornal o Imparcial de São Gabriel de 17 Jul 97.
Relatam A Rebelião Armada - A campanha salarial das PMs mostra uma corporação
em crise e sem chefes e cada mais desacreditadas.
A Brigada Militar de São
Gabriel, não poderia ficar de fora deste movimento Nacional e com suas
lideranças locais, apoiadas pelo Ministério Público, Ordem dos Advogados do
Brasil, Poder Público Municipal, Câmara de Vereadores, Sindicato dos Motoristas
e CEPERGS Sindicado, participou ardorosamente de todo o movimento, com uma concentração
de seu efetivo, Corpo de Bombeiros, Policia Civil e Susep, nas dependências da
ACAS- BM -SG, Associação dos Cabos e Soldados da Brigada Militar de São
Gabriel, debatendo os rumos dos movimentos e os passos a seguir, com uma
passeata de cerca de 150 Policiais, familiares e simpatizantes, a partir da
Sede da Associação, passando pela Prefeitura Municipal, solicitando apoio do
Chefe do Executivo, Fórum Local, apoio do quadro de servidores da justiça,
reunidos em Praça
Pública.
Praça Fernando Abott, com pronunciamentos de Seus
Lideres explicando as reais causas de tal movimento jamais visto na historia da
Polícia Militar, que fardados saem às ruas para Reivindicar seus direitos,
cantando de mãos dadas o hino Nacional Brasileiro, apoiadas por viaturas e
motos de todas as corporações da área de Segurança Pública, com gritos de
"Brito", "Governo FORA DA LEI”, A Associação dos Cabos e
Soldados e Associação dos Sub Tem e Sargentos, lideradas pelo Presidente Sd PM
Maximo Xarão e Sub Ten PM Luiz Carlos Bergenthal, Mobilizaram duzentos (200)
Policiais e deslocaram a capital do Estado, lá em Porto Alegre no dia 17 Julho 1997, partindo da Associação
dos Cabos e Soldados em Passeada cerca de
Cinco Mil Servidores da área de
Segurança Pública deslocaram até ao
Palácio Piratini, Sede do Governo do Estado do Rio Grande do Sul, e em mão foi
entregue a pauta de reivindicações, que era o aumento do risco de vida,
equiparação aos Cel da Brigada, pois um Sd ganhava 150% um Cel 220 % do Risco
de Vida: com a Lei 11.648 sancionada em 19/07/2001 começou-se a fazer justiça,
observem com quatro anos após o movimento, começa a ser pagas em (06) seis
Parcelas em três anos para o pagamento do que nos era devido, uma
gratificação liquida e certa, pois o movimento demonstrou uma luta ferrenha em
defesa de nossos direitos, espírito de corpo, movimento de liderança, os
lideres do movimento responderam IPM, processos na JME, mas tiveram através do Governo Olívio Dutra o
reconhecimento da legalidade e foram anistiados por decreto lei.
A BRIGADA
MILITAR E A REFORMA AGRÁRIA
Em junho de
2003, começa em Santana do Livramento, um movimento de Colonos sem terra,
liderados pelo MST, com a chefia de
Ivonete e seus aceclas, a direção é São Gabriel.
A intensão
é invadir as propriedades do Sr Alfredo Southal, cerca de 11300 hectares, que
o INCRA, havia vistoriado com vistas a
desapropriação por parte do governo, alegando que as mesmas não eram
produtivas, mas havia um senão, pois quando os agentes do INCRA, ai estiveram
tal a missão a de fazer tal
levantamento, não localizaram o proprietário, e mesmo sem notificar o mesmo foi efetuada as vistorias,
que segundo eles, a propriedade não é produtiva.
O movimento
com a intenção de pressionar o governo, começa a caminha até a terra prometida.
Neste
ínterim, o Sindicato dos Produtores Rurais, mais o Prefeito de São Gabriel,
começam a se mobilizar, na intenção de dissipar tal movimento, mas o MST,
une-se a mais colonos na cidade de Encruzilhada do Sul, e parte com destino a terra, que por Decreto do
Governo é desapropriada.
O MST,
passa por Cachoeira do Sul, Santa Maria, São Sepé. Neste momento os fazendeiros
começam a monitorar os marchantes do MST e as afrontas de ambos os lados
começam.
Começa
uma ações na justiça, por partes dos
interessados, como os Prefeitos e Sindicados, dos municípios envolvidos
contra o movimento que segue a pé pelas
margens das BRs, em direção a São Gabriel.
Neste
momento a Brigada Militar, é acionada para dar segurança aos dois lados para
que não houvesse nem um confronto, são dois meses, sob grande
pressão, o proprietário entra com uma ação na STF, para anular o decreto do
governo, com base na suposta atitude
errada dos agentes do INCRA, que não lhe deram o direito processual de ser
notificado e poder acompanhar as inspeções e alegando ser suas terras
produtivas.
O
proprietário vem com isto obter ganho da ação judicial de 08 votos a seu
favor e 02 contra, isto veio a dar um banho de água fria nas
aspirações dos acampados do MST, que nesta altura já estão a menos de 20 Km da cidade de São
Gabriel.,
Esta é
uma longa historia que São Gabriel deve
ter registrada em seus anais, pois para toda esta inquietação a Brigada Militar
do Estado foi mobilizada em cerca de
mais de 800 homens, aeronaves, viaturas, Batalhões de Choque e autoridade de todas as esferas, todos
voltados para que não houvesse um
confronto, porque os fazendeiros também
fizeram uma contra marcha, ficando acampados na sede campestre do CTG Caiboaté,
cerca de 12 Km
da cidade ,
Em oito de
agosto, o MST, apoiado pela CUT, marcam um ato de manifestação na cidade, o
prefeito institui um decreto que não permitia
reunião pública em ruas, vilas ou logradouro municipal, isto para
salvaguardar a ordem e segurança pública no município.
Isto veio a
atrapalhar um pouco o movimento marcado, mas um produtor rural ofereceu uma
área particular para que os mesmos façam
o ato público, cerca de 3000, (três mil ) pessoas se reúnem para tal ato, e cerca de 800(oitocentos) colonos sem terra, permanecem acampados no
local um pouco retirado mas dentro do perímetro urbano da cidade, ao largo da
estação ferroviária .
Esta
operação, foi considerada para a Brigada Militar como uma das maiores já
efetuada no município de São Gabriel, graças a Deus nada de anormal ocorreu por
ocasião do policiamento durante os dois
meses de marcha, o ato público e o atual acampamento. ,
MAIS UM MOVIMENTO PAREDISTA DE CLASSE
Aos quinze dias do mês de março, convidado que fui
pelo Fundador e atual Presidente do Clube dos Cabos e Soldados de São Gabriel,
Maximino Charão, que apoiados pelas
demais classes dos funcionários da Secretária da Segurança Pública do Estado,
como Polícia Civil, Superintendência dos Serviços Penitenciários, deslocamos a Porto Alegre com
cerca de 45 companheiros, para somarmos as demais delegações de todo o interior
do Estado para com mais um Órgão do Governo, IGP, Instituto Geral de Perícias,
formar uma assembléia geral dos servidores da Segurança Pública do Estado.
Reunidos no ginásio Tesourinha, posto em Pauta todas as alternativas de
negociação, foi tomada como norma prioridade uma paralisação, e em uma
caminhada de cerca de onze quadras com mais de três mil participantes foi
entregue ao governo. Que no Palácio do Governo Piratini, não foi capaz de
receber a comissão de Mobilização, determinando ao Secretário da Casa Civil
para fazer as honras da Casa, lá
permanecemos no aguardo, sendo que
decepcionados, recebemos do Secretario a decisão do governo, que os cofres
estavam vazios e que não havia condições de reposição salarial. As 2030 horas desse mesmo dia deslocamos as
nossas bases com a proclamação de greve dos funcionários da Segurança Pública,
partindo para a luta juntos aos demais colegas que até então não tinham
conhecimento de tal movimento, foi
traçado um cronograma de trabalho, com um comitê permanente, sediado ora na
Sede da ACAS BM, ora na Delegacia de Polícia, oficiado a todas as
autoridades,pedindo apoio , então
partimos para uma passeata local, na
quarta feira dia 24 Março 2004, com o ponto de partida o Posto da
Brigada Militar da Praça Tunuca Silveira, até a Praça Dr Fernando Abott.
Conduzindo três caixões funebres,
representando o enterro das três entidade participantes, Brigada Militar, Policia Civil e SUSEPE Ao longo do cortejo, tivemos algumas
paradas, solicitando apoio, quando ao passar pelo largo da Prefeitura Municipal
Palácio Plácido de Castro, tivemos o apoio do Poder Público Municipal, com a
leitura de um manifesto do Sr Prefeito Rossano Dotto Gonçalves, com a chegada
na praça principal com apoio de cerca de
mais de quatrocentos companheiros e
familiares, o senhor Presidente do
sindicato dos motorista autônomos
Alirio Dias, o Presidente do
CEPERGS Sindicato Professor Pedro
Moreira e dos funcionários da
FEPAGRO-São Gabriel.
Com grande divulgação nos órgãos da imprensa a nível
de Estado o movimento teve um crescimento fenomenal
PREAMBULO
PREAMBULO
Durante o período em que estou
na Reserva Remunerada da Gloriosa Brigada Militar, tenho ouvido, muitas coisas
que eu não concordo, sei que a Corporação com 168 anos de existência, tem
marcado no Estado, várias participação que se confundem com a
própria historia do Rio Grande do Sul, e como diz que o brasileiro tem a memória curta, e para que
as coisas não passem desapercebidas e nem sejam comentadas por pessoas sem
conhecimento de causa, faço uma pequena pesquisas junto a algumas obras de
escritores da corporação, bem como veteranos que passaram pela Brigada
Militar, que nos deixaram este legado
que hoje é reconhecidamente como a força
da Comunidade.
Gostaria de salientar que não devo ser confundido e nem interpretado como escritor não é esta
minha real intenção, mas sim mostrar a
quem interessar, que hoje temos a
Brigada Militar, porque alguém por força de lei, serviços prestados e com muita bravura nos foi permitido
herdamos esta relíquia que muitas vezes não é dado
o valor que de fato deve ser dado
,
Na maioria das vezes tem se
esquecido os companheiros que com garbo ou com o sacrifício da própria vida
, construíram e defenderam esta corporação, para que hoje pudéssemos usufruir e compartilhar com a comunidade
Gaúcha e Gabrielense, tenho uma alegria muito grande de ter sido um praça
do Esquadrão de São Gabriel que galgou todas as graduações, e ter sido o
ultimo subtenente de carreira no serviço ativo, graduação extinta na BM e fazer parte da galeria dos Ex Cmt do Esquadrão, criada por determinação do CRPO-FO
a partir de 1999.
Filho, neto e genro de
Brigadiano, de forma nenhuma eu poderia esquecer e deixar de reverenciar desde
o primeiro Cmt até o atual, homens que lutaram para que a Brigada Militar em São Gabriel, atingisse
o maior patamar na esfera de segurança pública dentro do Estado do RG Sul,
então vou lembrar, os nomes dos que não
constaram na Galeria de Fotos, de Ex Comandantes da BM em São Gabriel, ten
Hervandil Esmerio-primeiro Cmt - , asp
of Ciro Greco, ten Oritz Morari Abiz, ten Antonio Lourenço, ten Moises, Ten
Acelino Severo, ten Lago, ten Bragança, ten Barros, asp of Salomão, Sgt João Alfredo Bergenthal e sub
ten Elvidio Noé Baconi.
Ao ser sido transferido para a
Reserva Remunerado no Posto de Primeiro Tenente, e jamais ter
esquecido que foi nesta
Corporação que propiciou que eu pudesse adquirir tudo que tenho, dedico este pequeno documentário, referente a
Historia da Brigada Militar em
São Gabriel, sei que fatos
foram omitidos, por não terem
sido autorizados, ou por falha na própria pesquisa, mas que não existe
trabalhos anterior voltado a este
assunto, sendo este documentário o precursor
Entendo que poderá surgir trabalhos melhores,
mas este é inédito e desejo que seu conteúdo, sem duvida
nenhuma atinja os objetivos
propostos- Cultural e Instrutivo, que nosso esforço seja entendido, nos colocamos ao dispor, assumindo inteira
responsabilidade pela descrição e
conceitos emitidos , MISSÃO CUMPRIDA- Autor.
POSFÁCIO
O autor, sensível à critica,
aceita prazeirosamente qualquer manifestação, contribuição, devidamente
documentada para que possamos alterar a descrição narrada neste documentário.
Solicito sugestões no sentido
de resolver possíveis falhas que são inerentes ao ser humano e a quém faz algo
de tão relevante que é narrar sobre fatos de nossa gloriosa Brigada Militar,
principalmente sobre suas ações dentro
do município de São Gabriel, terra dos Marechais.
Agradeço meus camaradas da Brigada
Militar, da ativa e da reserva, as informações e criticas prestadas bem como
meus amigos que de uma forma ou de outra deram fôrça para tal atrevimento,
coloco-me a disposição em meu atual endereço, Rua Maria Adelaide 196- Bairro
Progresso- São Gabriel CEP 97300.00, Tel 0xx-55 2327022 ou por email lcbergenthal.
FOTOS NÃO PUBLICADAS, DIREITO DE IMAGENS AO MUSEU DA BRIGADA MILITAR ONDE VOCÊ PODE COMPRAR ESTE LIVRO