Radioamadores querem providências do governo contra interferências no serviço
Representantes de entidades de radioamadores, acompanhados de técnicos da Anatel, estiveram nesta quarta-feira (18) com o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, para reivindicar alterações na regulamentação do serviço. “É preciso adaptar as normas que regem o rádioamador à realidade atual, de grande evolução tecnológica”, defendeu Atilano Oms Sobrinho , do Grupo Araucária de DX, e que preside a IESA Óleo & Gás, uma das mais importantes empresas de engenharia, montagem e construção.A principal queixa dos radioamadores é a interferência que o serviço sofre com o uso de vários equipamentos eletrônicos, que vão desde liquidificadores, retificadores até semáforos que usam a tecnologia led. Eles alegam que esses equipamentos interferem também na faixa da radiodifusão, especialmente a usada pela rádio digital. Eles informaram que o problema decorre da falta de lei e normas no país, limitando a emissão de barulho por esses equipamentos. Oms ressaltou que os equipamentos que causam mais interferências são os asiáticos.
A reivindicação é de que o governo, por meio da Anatel, Inmetro, ABNT normatizem as emissões permitidas por esses equipamentos. “Se o governo não tomar providências, a tendência é de só piorar as interferências, principalmente em serviços que usam as frequências altas”, disse Oms.
Além disso, os radioamadores querem a simplificação da normatização para obtenção da licença. “Atualmente, as exigências feitas ao radioamador são as mesmas impostas a grandes grupos de TV”, comparou o presidente da Lista de Radioamadores do Distrito Federal, Orlando Peres. Ele também defende a isenção do Imposto de Impostação para a compra dos equipamentos necessários ao serviço, todos produzidos fora do país.
Radioamadores e Anatel ficaram de detalhar as reivindicações em novas reuniões. O Brasil tem cerca de 35 mil radioamadores licenciados e a frequência usada é a de 430 a 440 MHz.