ESTADO DO RIO GRANDE DO
SUL
SECRETARIA DA SEGURANÇA PÚBLICA
BRIGADA MILITAR - ESTADO MAIOR
P M - 5
CLIPPING DE QUARTA-FEIRA
E QUINTA-FEIRA,
24 E 25 DE DEZEMBRO DE 2014
INCÊNDIO EM ÔNIBUS
ACENDE ALERTA NA POLÍCIA (Capa e páginas 6 a 8 com fotos) O ataque com fogo a um ônibus na noite
de segunda-feira, na Vila Cruzeiro, em Porto Alegre, colocou autoridades em
alerta pela semelhança com a estratégia usada por criminosos em Santa Catarina,
no Rio e em São Paulo durante confrontos com a polícia. A revolta teria tido
como estopim a morte de um jovem de 18 anos, sem antecedentes criminais, mas
apontado pela Brigada Militar como suspeito de tráfico de drogas. “O episódio é
preocupante. Em um primeiro momento, para o policiamento ostensivo. Pode ter
reflexos na segurança como um todo e para a sociedade. Esperamos que seja um
fato isolado”, avalia o chefe da Polícia Civil, delegado Guilherme Wondracek. O
subcomandante-geral da BM, coronel Alfeu Freitas, disse que a Brigada vai agir
com firmeza para evitar que se repitam no Estado o que ocorre em algumas
regiões: “Vamos trabalhar para ter a polícia bem associada à comunidade para
evitar que cenas que vemos em outras cidades ocorram aqui. Isso não pode ser
rotina”. Rodrigo Azevedo, coordenador do programa de pós-graduação em Ciências
Sociais da PUCRS, vê o ataque ao ônibus como reação da população pela forma
como a polícia atuou e não como uma ação articulada: “A BM alega que havia
necessidade dessa reação, mas nem sempre se pode admitir isso só pela palavra
da polícia. Nesse caso, (a reação) parece ter sido mostrar que não é mais
aceito esse tipo de intervenção policial. Parece ser um caso pontual. A queima
de um veículo grande é uma forma de chamar a atenção. Quem faz sabe disso, e o
resultado esperado ocorreu, já que teve repercussão”. A morte de Bruno Queiroz
Galvão Campos, 18 anos, teria sido o estopim para a ação violenta contra o
ônibus. Ele foi baleado durante suposto confronto com policiais do 1º Batalhão
de Polícia Militar. A suspeita de que o jovem teria ligação com o tráfico se
baseia no fato de que ele teria sido visto por PMs em um local onde funcionaria
um ponto de venda de drogas. Estaria armado e teria fugido ao avistar uma
viatura. Durante a fuga, ele e um parceiro teriam atirado contra PMs. A BM
instaurou inquérito policial militar para apurar as circunstâncias da morte,
que também é investigada pela 6ª Delegacia de Homicídios. As circunstâncias do
ataque ao ônibus são apuradas pela 20ª Delegacia. PORTO ALEGRE
MORADORES QUESTIONAM BM
(Página 7) Um vídeo
enviado à Polícia Civil registrou um momento de indignação da população na Vila
Cruzeiro do Sul, quando policiais militares carregaram pelas pernas e braços
Bruno Queiroz Galvão Campos, 18 anos, baleado em suposto confronto. Populares
gritam para os policiais: “Cadê a arma do guri, cadê a arma do guri, seus
abusados?” Informações preliminares da perícia indicam que Bruno teria sido
atingido por cinco disparos, nos glúteos e no tórax. Segundo a comandante do 1º
BPM, tenente-coronel Cristine Rasbold, foi encontrado com ele um revólver
calibre 38 com numeração raspada, que foi apreendido e entregue à Polícia
Civil. A oficial ressaltou que os PMs foram ao local alertados por uma ligação
para o 190, telefone de emergência da BM, que informava que havia pessoas
armadas naquele ponto. Em relação ao vídeo, a comandante disse: “O vídeo em
questão registra apenas um fragmento da ocorrência. Não é possível fazer nenhum
tipo de comentário em cima dessa parte em específico. Vamos analisar a ocorrência
em maior detalhe, por meio do inquérito policial militar e da oitiva dos
envolvidos na ação, bem como através do inquérito policial a ser realizado pela
Polícia Civil. O vídeo será anexado aos autos”. Pelo menos 10 moradores do Beco
5, local onde o menino tombou, asseguraram à reportagem que houve uma execução.
“Com ele, a Brigada não apreendeu arma alguma. Atiraram nas pernas dele,
escutei os tiros e olhei pela janela. O rapaz caiu e pediu para não ser morto.
Veio então um policial e deu mais dois tiros nele, no pescoço e no peito. Uma
vergonha”, disse uma moradora. “Mataram o guri a sangue-frio. Uma vergonha. Não
precisava disso. Agora vão inventar que ele havia atirado, mas pedimos para
mostrarem a arma do rapaz e eles desconversaram. Podem me chamar, sou
testemunha, falo para quem quiser ouvir: foi uma execução”, relatou um morador
que se identificou apenas por Volnei. Responsável pela investigação, a titular
da 6ª Delegacia de Homicídios, delegada Andrea Mattos, pretende ouvir
moradores, PMs e a família da vítima. A arma do policial militar (apenas um
teria atirado) e a que seria da vítima foram apreendidas e serão periciadas. Bruno
foi enterrado na terça-feira no Cemitério Jardim da Paz, na Lomba do Pinheiro.
O pai, caminhoneiro de 38 anos, e a mãe, dona de casa e estudante, de 34 anos,
estavam bastante abalados e não quiseram falar com a imprensa. Amigos do rapaz
contaram que ele era discreto. A tia dele, também moradora da Vila Cruzeiro,
contou que o jovem era calmo, mas envolveu-se com drogas poucos meses atrás. E,
para sustentar o vício, fazia pequenas vendas de entorpecentes. “A família o
internou em uma clínica por algum tempo, ficaram quase loucos. A família toda
trabalha, ninguém é do crime. De qualquer forma, nada justifica os policiais
fuzilarem ele desarmado, na frente de todo mundo”, disse a tia. PORTO ALEGRE
SUSPEITOS SÃO
INVESTIGADOS (Página 7) No
final da manhã de terça-feira, a Brigada Militar (BM) prendeu cinco pessoas por
porte ilegal de armas e de entorpecentes na Vila Cruzeiro, em Porto Alegre. As
prisões são resultado de uma operação montada pela polícia desde segunda à
noite depois que um ônibus foi incendiado na região. Com eles, a BM apreendeu
um fuzil .30, uma submetralhadora 9mm, um revólver calibre 38, munição de
variados calibres e uma pequena quantidade maconha. Os homens foram
encaminhados para a Polícia Civil para responder por porte de arma e posse de
entorpecentes. A 20ª Delegacia de Polícia de Porto Alegre já identificou dois
suspeitos envolvidos no protesto que terminou com um ônibus incendiado. O
trabalho agora é fazer o reconhecimento fotográfico com testemunhas e
funcionários da empresa do coletivo. O delegado regional de Porto Alegre,
Cléber Ferreira, afirma que são quatro pessoas envolvidas. O cobrador e o
motorista do ônibus já depuseram, mas não conseguiram confirmar muitos
detalhes. Os dois revelaram que em boa parte da ação, os quatro jovens, com
idades entre 20 e 25 anos, que conferem com as dos dois identificados, estavam
encapuzados. Os suspeitos da Polícia Civil não estão entre os presos pela BM. PORTO ALEGRE
FALTA DE LUZ MOTIVOU
OUTRAS MANIFESTAÇÕES (Página 8) Além
do incidente na Vila Cruzeiro, na Capital, pelo menos seis protestos deixaram o
trânsito complicado em mais três cidades da Região Metropolitana na noite de
segunda-feira: Alvorada, Canoas e Eldorado do Sul. Em todos os casos, a
motivação era a falta de luz, que ainda atingia, na noite de terça-feira,
milhares de famílias desde o temporal de sábado. A interrupção da BR-290, na
região da ponte do Guaíba, foi o que mais causou transtornos. Por que um dos
principais acessos à Capital ficou bloqueado por quase quatro horas?
Responsável pelo patrulhamento da estrada, a Polícia Rodoviária Federal (PRF)
diz enfrentar dificuldades por causa do reduzido número de agentes. “Tivemos de
convocar gente de folga e chamar colegas, além de pedir apoio da Brigada. Não
temos tropa de choque para pronto emprego nesse tipo de situação, como a BM.
Temos 750 homens no Estado e precisamos, no mínimo, de mais 150”, explica Alessandro
Castro, chefe de comunicação da PRF. Castro, contudo, afirma que solicitou
ajuda da BM perto das 20h, cerca de meia hora depois de começar a manifestação.
“Mas apareceram lá por volta das 23h30min”, garante. O tenente-coronel
Francisco Vieira, comandante do 9º Batalhão de Polícia Militar, tem outra
versão. Diz ter recebido telefonema da PRF às 20h, mas que o relato era de que
havia liberações para o trânsito a cada 20 minutos: “Não houve pedido para
retirar manifestação da rodovia, e sim para evitarmos saques e furtos no
entorno. Mandamos três PMs”. O oficial diz, ainda, que mais tarde, por volta
das 23h, recebeu uma segunda ligação, no momento em que manifestantes se
negavam a desobstruir a estrada. “Reunimos 15 homens do Pelotão de Operações
Especiais no quartel. Eles se equiparam e foram para lá. Demoraram uns 20
minutos por causa dos engarrafamentos. Chegando no local, esperaram cinco
minutos e dispersaram a manifestação”, completa Vieira. PORTO ALEGRE
ALIAS (POLITICA + COLUNA
DE ROSANE DE OLIVEIRA Página 10) A uma
semana da posse, o governador José Ivo Sartori ainda não escolheu o secretário
do Turismo e disse “não ter pressa” para isso. Viajou para Caxias do Sul, para
passar o Natal, e anunciou mais dois nomes do governo: o chefe de gabinete, João
Carlos Mocellin, e o chefe da Casa Militar, tenente-coronel Everton Santos
Oltramari.
MULHER MORTA A FACADAS
NO CENTRO (Página 16) Uma
mulher foi morta a facadas na frente da filha na noite de terça-feira, no
prédio onde morava, no centro de Porto Alegre. O crime aconteceu por volta das
21h e o principal suspeito é o zelador do prédio, que fugiu. Juraci Antônia
Rabello, 57 anos, era telefonista de Zero Hora havia 22 anos. Segundo a Brigada
Militar, Juraci estaria chegando em casa acompanhada da filha quando foi
atacada. As duas teriam tido um princípio de discussão com o zelador em frente
ao apartamento dele, quando o homem teria puxado uma faca e avançado contra a
jovem. Na tentativa de defender a filha, Juraci foi atingida por pelo menos
três facadas e não resistiu aos ferimentos. PORTO ALEGRE
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