sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Clipping da Brigada Militar 25 de Dez 2-14





                                                  ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
SECRETARIA DA SEGURANÇA PÚBLICA
 BRIGADA MILITAR - ESTADO MAIOR
P M - 5

          CLIPPING DE QUARTA-FEIRA E QUINTA-FEIRA,

24 E 25 DE DEZEMBRO DE 2014

  
 

INCÊNDIO EM ÔNIBUS ACENDE ALERTA NA POLÍCIA (Capa e páginas 6 a 8 com fotos) O ataque com fogo a um ônibus na noite de segunda-feira, na Vila Cruzeiro, em Porto Alegre, colocou autoridades em alerta pela semelhança com a estratégia usada por criminosos em Santa Catarina, no Rio e em São Paulo durante confrontos com a polícia. A revolta teria tido como estopim a morte de um jovem de 18 anos, sem antecedentes criminais, mas apontado pela Brigada Militar como suspeito de tráfico de drogas. “O episódio é preocupante. Em um primeiro momento, para o policiamento ostensivo. Pode ter reflexos na segurança como um todo e para a sociedade. Esperamos que seja um fato isolado”, avalia o chefe da Polícia Civil, delegado Guilherme Wondracek. O subcomandante-geral da BM, coronel Alfeu Freitas, disse que a Brigada vai agir com firmeza para evitar que se repitam no Estado o que ocorre em algumas regiões: “Vamos trabalhar para ter a polícia bem associada à comunidade para evitar que cenas que vemos em outras cidades ocorram aqui. Isso não pode ser rotina”. Rodrigo Azevedo, coordenador do programa de pós-graduação em Ciências Sociais da PUCRS, vê o ataque ao ônibus como reação da população pela forma como a polícia atuou e não como uma ação articulada: “A BM alega que havia necessidade dessa reação, mas nem sempre se pode admitir isso só pela palavra da polícia. Nesse caso, (a reação) parece ter sido mostrar que não é mais aceito esse tipo de intervenção policial. Parece ser um caso pontual. A queima de um veículo grande é uma forma de chamar a atenção. Quem faz sabe disso, e o resultado esperado ocorreu, já que teve repercussão”. A morte de Bruno Queiroz Galvão Campos, 18 anos, teria sido o estopim para a ação violenta contra o ônibus. Ele foi baleado durante suposto confronto com policiais do 1º Batalhão de Polícia Militar. A suspeita de que o jovem teria ligação com o tráfico se baseia no fato de que ele teria sido visto por PMs em um local onde funcionaria um ponto de venda de drogas. Estaria armado e teria fugido ao avistar uma viatura. Durante a fuga, ele e um parceiro teriam atirado contra PMs. A BM instaurou inquérito policial militar para apurar as circunstâncias da morte, que também é investigada pela 6ª Delegacia de Homicídios. As circunstâncias do ataque ao ônibus são apuradas pela 20ª Delegacia. PORTO ALEGRE

MORADORES QUESTIONAM BM (Página 7) Um vídeo enviado à Polícia Civil registrou um momento de indignação da população na Vila Cruzeiro do Sul, quando policiais militares carregaram pelas pernas e braços Bruno Queiroz Galvão Campos, 18 anos, baleado em suposto confronto. Populares gritam para os policiais: “Cadê a arma do guri, cadê a arma do guri, seus abusados?” Informações preliminares da perícia indicam que Bruno teria sido atingido por cinco disparos, nos glúteos e no tórax. Segundo a comandante do 1º BPM, tenente-coronel Cristine Rasbold, foi encontrado com ele um revólver calibre 38 com numeração raspada, que foi apreendido e entregue à Polícia Civil. A oficial ressaltou que os PMs foram ao local alertados por uma ligação para o 190, telefone de emergência da BM, que informava que havia pessoas armadas naquele ponto. Em relação ao vídeo, a comandante disse: “O vídeo em questão registra apenas um fragmento da ocorrência. Não é possível fazer nenhum tipo de comentário em cima dessa parte em específico. Vamos analisar a ocorrência em maior detalhe, por meio do inquérito policial militar e da oitiva dos envolvidos na ação, bem como através do inquérito policial a ser realizado pela Polícia Civil. O vídeo será anexado aos autos”. Pelo menos 10 moradores do Beco 5, local onde o menino tombou, asseguraram à reportagem que houve uma execução. “Com ele, a Brigada não apreendeu arma alguma. Atiraram nas pernas dele, escutei os tiros e olhei pela janela. O rapaz caiu e pediu para não ser morto. Veio então um policial e deu mais dois tiros nele, no pescoço e no peito. Uma vergonha”, disse uma moradora. “Mataram o guri a sangue-frio. Uma vergonha. Não precisava disso. Agora vão inventar que ele havia atirado, mas pedimos para mostrarem a arma do rapaz e eles desconversaram. Podem me chamar, sou testemunha, falo para quem quiser ouvir: foi uma execução”, relatou um morador que se identificou apenas por Volnei. Responsável pela investigação, a titular da 6ª Delegacia de Homicídios, delegada Andrea Mattos, pretende ouvir moradores, PMs e a família da vítima. A arma do policial militar (apenas um teria atirado) e a que seria da vítima foram apreendidas e serão periciadas. Bruno foi enterrado na terça-feira no Cemitério Jardim da Paz, na Lomba do Pinheiro. O pai, caminhoneiro de 38 anos, e a mãe, dona de casa e estudante, de 34 anos, estavam bastante abalados e não quiseram falar com a imprensa. Amigos do rapaz contaram que ele era discreto. A tia dele, também moradora da Vila Cruzeiro, contou que o jovem era calmo, mas envolveu-se com drogas poucos meses atrás. E, para sustentar o vício, fazia pequenas vendas de entorpecentes. “A família o internou em uma clínica por algum tempo, ficaram quase loucos. A família toda trabalha, ninguém é do crime. De qualquer forma, nada justifica os policiais fuzilarem ele desarmado, na frente de todo mundo”, disse a tia. PORTO ALEGRE

SUSPEITOS SÃO INVESTIGADOS (Página 7) No final da manhã de terça-feira, a Brigada Militar (BM) prendeu cinco pessoas por porte ilegal de armas e de entorpecentes na Vila Cruzeiro, em Porto Alegre. As prisões são resultado de uma operação montada pela polícia desde segunda à noite depois que um ônibus foi incendiado na região. Com eles, a BM apreendeu um fuzil .30, uma submetralhadora 9mm, um revólver calibre 38, munição de variados calibres e uma pequena quantidade maconha. Os homens foram encaminhados para a Polícia Civil para responder por porte de arma e posse de entorpecentes. A 20ª Delegacia de Polícia de Porto Alegre já identificou dois suspeitos envolvidos no protesto que terminou com um ônibus incendiado. O trabalho agora é fazer o reconhecimento fotográfico com testemunhas e funcionários da empresa do coletivo. O delegado regional de Porto Alegre, Cléber Ferreira, afirma que são quatro pessoas envolvidas. O cobrador e o motorista do ônibus já depuseram, mas não conseguiram confirmar muitos detalhes. Os dois revelaram que em boa parte da ação, os quatro jovens, com idades entre 20 e 25 anos, que conferem com as dos dois identificados, estavam encapuzados. Os suspeitos da Polícia Civil não estão entre os presos pela BM. PORTO ALEGRE

FALTA DE LUZ MOTIVOU OUTRAS MANIFESTAÇÕES (Página 8) Além do incidente na Vila Cruzeiro, na Capital, pelo menos seis protestos deixaram o trânsito complicado em mais três cidades da Região Metropolitana na noite de segunda-feira: Alvorada, Canoas e Eldorado do Sul. Em todos os casos, a motivação era a falta de luz, que ainda atingia, na noite de terça-feira, milhares de famílias desde o temporal de sábado. A interrupção da BR-290, na região da ponte do Guaíba, foi o que mais causou transtornos. Por que um dos principais acessos à Capital ficou bloqueado por quase quatro horas? Responsável pelo patrulhamento da estrada, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) diz enfrentar dificuldades por causa do reduzido número de agentes. “Tivemos de convocar gente de folga e chamar colegas, além de pedir apoio da Brigada. Não temos tropa de choque para pronto emprego nesse tipo de situação, como a BM. Temos 750 homens no Estado e precisamos, no mínimo, de mais 150”, explica Alessandro Castro, chefe de comunicação da PRF. Castro, contudo, afirma que solicitou ajuda da BM perto das 20h, cerca de meia hora depois de começar a manifestação. “Mas apareceram lá por volta das 23h30min”, garante. O tenente-coronel Francisco Vieira, comandante do 9º Batalhão de Polícia Militar, tem outra versão. Diz ter recebido telefonema da PRF às 20h, mas que o relato era de que havia liberações para o trânsito a cada 20 minutos: “Não houve pedido para retirar manifestação da rodovia, e sim para evitarmos saques e furtos no entorno. Mandamos três PMs”. O oficial diz, ainda, que mais tarde, por volta das 23h, recebeu uma segunda ligação, no momento em que manifestantes se negavam a desobstruir a estrada. “Reunimos 15 homens do Pelotão de Operações Especiais no quartel. Eles se equiparam e foram para lá. Demoraram uns 20 minutos por causa dos engarrafamentos. Chegando no local, esperaram cinco minutos e dispersaram a manifestação”, completa Vieira. PORTO ALEGRE

ALIAS (POLITICA + COLUNA DE ROSANE DE OLIVEIRA Página 10) A uma semana da posse, o governador José Ivo Sartori ainda não escolheu o secretário do Turismo e disse “não ter pressa” para isso. Viajou para Caxias do Sul, para passar o Natal, e anunciou mais dois nomes do governo: o chefe de gabinete, João Carlos Mocellin, e o chefe da Casa Militar, tenente-coronel Everton Santos Oltramari.

MULHER MORTA A FACADAS NO CENTRO (Página 16) Uma mulher foi morta a facadas na frente da filha na noite de terça-feira, no prédio onde morava, no centro de Porto Alegre. O crime aconteceu por volta das 21h e o principal suspeito é o zelador do prédio, que fugiu. Juraci Antônia Rabello, 57 anos, era telefonista de Zero Hora havia 22 anos. Segundo a Brigada Militar, Juraci estaria chegando em casa acompanhada da filha quando foi atacada. As duas teriam tido um princípio de discussão com o zelador em frente ao apartamento dele, quando o homem teria puxado uma faca e avançado contra a jovem. Na tentativa de defender a filha, Juraci foi atingida por pelo menos três facadas e não resistiu aos ferimentos. PORTO ALEGRE

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